Saudade no meio da folia...
Serpentinas atravessam as ruas pequenas
Por onde a folia passa
Abóboras, laranjas, azuis
São de toda a cor
E no meio delas
As mulatas brincam de diabo
E os diabos aproveitam
E saem no meio do povo
Fantasiados de povo
Enquanto médicos enfiam facas de mentira
Nas próprias cabeças
E engenheiros usam chapéus gigantes
Que nada lembram os capacetes
...O sol está de rachar
A cerveja desce como água
O som do surdo invade os meus ouvidos
Bum, bum, bum
Sozinho, logo faço novos amigos
É só abrir um sorriso
E Cantar junto
mesmo que no improviso
Daí abraço a rainha Elizabeth
Mesmo ela sendo uma garçonete
Me viro e brindo
Com Tupac Amaru
Debocho do brinco da menina
Que tinha um balangandã azul
O carnaval é lindo!
E faz se brilho na minha retina
...
Só não contava que você
Não estivesse aqui.
Porém te vejo presente
Em toda esquina.
Dedicado a Carlos Alberto de Albuquerque, meu pai.