Saudade no meio da folia...

Serpentinas atravessam as ruas pequenas

Por onde a folia passa

Abóboras, laranjas, azuis

São de toda a cor

E no meio delas

As mulatas brincam de diabo

E os diabos aproveitam

E saem no meio do povo

Fantasiados de povo

Enquanto médicos enfiam facas de mentira

Nas próprias cabeças

E engenheiros usam chapéus gigantes

Que nada lembram os capacetes

...O sol está de rachar

A cerveja desce como água

O som do surdo invade os meus ouvidos

Bum, bum, bum

Sozinho, logo faço novos amigos

É só abrir um sorriso

E Cantar junto

mesmo que no improviso

Daí abraço a rainha Elizabeth

Mesmo ela sendo uma garçonete

Me viro e brindo

Com Tupac Amaru

Debocho do brinco da menina

Que tinha um balangandã azul

O carnaval é lindo!

E faz se brilho na minha retina

...

Só não contava que você

Não estivesse aqui.

Porém te vejo presente

Em toda esquina.

Dedicado a Carlos Alberto de Albuquerque, meu pai.

Mathias Moreno
Enviado por Mathias Moreno em 22/12/2017
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