Portugal

Nos teus olhos me perdi,

visão do Velho Mundo,

mares já navegados,

aventuras renovadas,

explorando sentimentos,

intensificando desejos,

apaixonado por teu sorriso,

Monalisa de palácios perdidos,

em cada viela uma surpresa,

doces pastéis de nata,

trazidos do forno da vida,

à gula dos insaciáveis,

percorri cada paralelepípedo,

das torres às antigas igrejas,

bailando entre museus e galerias,

rodopiando em estações de comboios,

para da janela gritar meu amor,

ah sim, Tejo no horizonte,

pôr do sol explodindo na paisagem,

encantado com teu fado triste,

fiz da minha nau moradia,

acercando-me de tua geografia,

no vento que sopra do leste,

a alma que verseja no oeste,

tecendo preces budistas,

nas contas de marfim entre meus dedos...