A ROSA E A SAUDADE
Quando eu sinto esse cheiro suave de mato
Ou vejo o encanto da beleza de uma roseira
É impossível evitar a lembrança de um fato
Que ocorreu longe, além daquela cordilheira.
Foi numa manhã que nascia muito serena
Naquela fazenda da querida avó Maria Rita.
Andando na estrada encontrei aquela morena
Que até hoje eu nunca vi mulher mais bonita.
Numa reação que até hoje eu não compreendi,
Arranquei da bondosa natureza uma linda rosa
E num gesto ligeiro e impensado eu a ofereci
Para aquela desconhecida jovem tão formosa.
Hoje vivendo aqui, nesta tão grande cidade
Nas raras vezes que eu encontro uma roseira
Explode em meu coração a grande saudade
Daquele momento de uma paixão verdadeira !
2.006
Fernando Alberto Salinas Couto