Espelho
Olho-me no espelho
O que vejo sou eu?
Pergunto sem respostas
Ao semblante cansado
Cabelos alvos
Com paciencia
Apalpo-me com carinho
Parece ter voado o tempo
E junto toda a vaidade
Com varias incertezas
Se bem que algumas
Ainda as carregue
Quanto ao futuro
Das crianças a minha volta
Os seres mais merecedores de atenção
Motivo e razão de tanta poesia
Dificil definir a era que estamos
Com gerações confusas
O reflexo de minha imagem insatisfeita
É meu coração amargurado
Que pensa e sente o que não deveria ser
Pra se compreender com nexo
Eu deveria enviar sorrisos
Assim como milhares de alegrias
No meu olhar triste e remoto
Frente ao espelho