Tão distante...
Tão distante, meu querido
as fronteiras não desaparecem.
O que penso não adianta
maldita herança...
Encontro-me num túnel
vazio, sem luzes e frio
me perdoe se algum dia
não olhei em seus olhos!
Quantos dramas sufocantes
meu destruidor amante
presa nas correntes deste amor
incólume, tão ilesa quanto a dor!
Será esta a sina que me resta
sofrer nos braços da solidão
que arrasta sem compaixão
toda esta falseada de ilusão!
Não veja o que seus olhos vêem
não procure me achar
Não encontrará, os momentos vôam
perdidos, hipócritos e vazios.