Dia 22, sobre múltiplas formas de sentir — Os 31 dias de escrita sobre nós (?)
Abri a galeria,
o dedo foi certo no álbum,
aquele album, sabe?
Onde guardei nossas lembranças.
Sinto uma felicidade que dói, pode isso?
E toda vez que tento excluir,
mesmo que seja só a materialização das lembranças,
meu coração,
acho que a esperança que há nele,
diz Não.
Então adormeci,
na esperança de,
ao menos nos meus sonhos,
te sentir.
Tento ser forte, sabe?
Tento ter maturidade,
mas isso é difícil demais.
Nessa história toda
acabei construindo um afeto por ti que,
por mais que eu queira e tente,
tá difícil de apagar,
de deixar de lado,
de fingir que não pulsa,
que dói, que sente falta, etc...
Minhas orações todas,
durantes estes dias,
eu só tenho pedido pra isso tudo se organizar,
pra eu me organizar.
Eu não tenho a facilidade de "seguir o baile",
como os outros.
É sentimento, porra!
É relação construída com outras pessoas,
não é lixo,
não é um "nada".
E lá dentro, bem no fundo,
ou no raso mesmo,
no momento que mais sinto tua falta,
bate uma maldita esperança,
que não sei de onde vem...