MADRUGADA

É pela madrugada que a poesia

inunda o coração.

Se junta ao violão para fazer canção.

E sai o seresteiro, vai cantando

sua paixão na noite fria.

No peito o amor faz festa

por conta da esperança

de que sua seresta

acorde a moça bela

que embala sua fantasia.

Vai ele pela rua

dedilhando linda melodia.

E faz uma canção pra ela

sob a luz clara da lua

como quem pinta uma tela

em forma de poesia.

E descreve a donzela.

Diz que ela é pura e bela.

Que, quando dá um sorriso,

nada mais é preciso

para valer a pena viver.

Chegando ao portão

está pronta a canção

que ele fez para a bela.

Expõe sua paixão

e, em plena madrugada,

vê a luz do sol

brilhar lá na janela

Silva Edimar
Enviado por Silva Edimar em 04/11/2017
Código do texto: T6162256
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