Esperança Morta
A tua sede de posse,
Teu medo inquieto e brusco me entontece,
Me fazem caminhar em desequilíbrio, em círculos desiguais,
Me amedrontam.
O vento empoeirado e enraivecido me cobrem as esperanças, esmagam meus sonhos de ser feliz.
Morta está a vida que antes, cheia de encantos, me falava de paixão, de verdades.
Morto está o silêncio que antes escondia em seu âmago, o desejo, a quimera.
Busquei na noite chuvosa, escura e sedenta um abrigo, um açoite aos meus mistérios;
Busquei em teu abraço, ó amor insano, um lenitivo para minha solidão, mas caí na armadilha férrea da incompreensão que me rouba a serenidade do olhar, o doce da água, o mel das frutas...
Perdi-me no tempo que pensei haver contruído com tua presença.
Agora, cabisbaixa, cansei-me dos abraços vagos e dos olhares obscuros,
de dores velhas;
Cansei dos gestos indesejados, dos caminhos sem trilhas...
Cansei do amor egoísta que mata esperanças!!