UMA CÃ QUE LATIA
Será que somente eu houvia?
No silêncio da noite, a canção,
quem sabe, só para mim existia
para mim, uma única audição.
Lá tão longe, uma cã que latia,
foi entristecendo a escuridão,
uivado que uma rima parecia
trazendo saudade e solidão.
Houvir aquilo então não queria,
aquilo trouxe dor no caração,
uivos, como rimas da poesia,
lembravam uma saudosa paixão.
Mas evitar aquele uivo não podia,
fazia parte da noite no sertão,
bem diferente de noite de boemia,
aqui hoje não tenho um violão.
E a saudade que na alma tanto ardia,
as memórias fizeram uma fusão,
dormi vendo a fumaça que subia,
do fogo, queimando a recordação.
Será que somente eu houvia?
No silêncio da noite, a canção,
quem sabe, só para mim existia
para mim, uma única audição.
Lá tão longe, uma cã que latia,
foi entristecendo a escuridão,
uivado que uma rima parecia
trazendo saudade e solidão.
Houvir aquilo então não queria,
aquilo trouxe dor no caração,
uivos, como rimas da poesia,
lembravam uma saudosa paixão.
Mas evitar aquele uivo não podia,
fazia parte da noite no sertão,
bem diferente de noite de boemia,
aqui hoje não tenho um violão.
E a saudade que na alma tanto ardia,
as memórias fizeram uma fusão,
dormi vendo a fumaça que subia,
do fogo, queimando a recordação.