O Viajante
A noite chega tão bela, com céu azul transparente
A lua lança nos prados, seus raios longos e prateados
Iluminando toda a estrada, até a alma da gente.
As estrelas irmanadas cintilam no firmamento
O viajante caminha, perdido em seus pensamentos
Ouvindo o arrulho dos pássaros, e o barulho do vento.
Sente o aroma das flores, ao romper da alvorada
Na brisa leve e suave, que sopra entre as ramadas
E a saudade invade, sua alma apaixonada
Só quem amou um dia, entende seu padecer
Como é triste estar longe, do seu doce bem-querer
O coração fica triste, com vontade de lhe ver
Parece que o tempo para, sem parar um só momento
Como a roda de um moinho, girando ao sabor do vento
Horas boas e felizes, não sai do seu pensamento
Quem dera fosse alado, pra voar como o condor
Sob o infinito, ligeiro... Talvez, como um beija-flor
Poder seguir pelos ares, para ver o seu amor
No aconchego dos teus braços, deitar e adormecer
Matar toda a saudade, que tanto lhe faz sofrer
Ficar sempre do seu lado, enquanto aqui viver