Talvez você não saiba de nada

Talvez você não saiba de nada

Ou saiba pouco

Estou rouco de tanto ficar em silêncio

Talvez você não compreenda

O calor do meu olhar

Nem o frio calmo dos meus lábios

Talvez o “talvez” nem exista

Tudo pode ser tão certo

Tão simples

Talvez você não saiba

Mas no ruído abafado da sua consciência

Sou eu quem grita

Sou eu quem te chama

Sou eu quem acende aquela sua chama

Nas noites escuras do seu quarto sem cor

Talvez de onde você esteja agora

Sinta no seu íntimo esse poema que estou escrevendo pra você

Porque pensamentos tomam formas

Talvez penso em você quase que toda hora

Embora talvez você não saiba

Mas ainda te amo

Não feito um louco

Tampouco planejo roubar seu coração

Talvez você saiba até demais sobre tudo isso

Que não seja novidade nenhuma

Que estes versos são seus

Aquilo que palpita aqui dentro mandou escrever

Sussurrou seu nome

Talvez você me esqueceu

Mas é preciso

É preciso olhar pra frente

Eu sei, talvez eu aceite isso

Talvez eu beba mais um pouco

Ou até mesmo coma um chocolate

Talvez fosse agora uma boa hora de te esquecer também

Quem sabe eu embarque naquele trem

Para ver outras paisagens

Quem sabe eu colha uma flor

E escreva mais um poema pra vc...

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 11/10/2017
Reeditado em 12/10/2017
Código do texto: T6139832
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