SAUDADE DA SERENATA.

SAUDADE DA SERENATA

Marcial Salaverry

Eita saudade danada

da serenata para a amada...

Daquela música cantada só para ela,

chamando-a para a janela...

"Lua... Manda tua luz prateada,

despertar a minha amada..."

E ela vinha, toda alvoroçada...

"Não há oh gente, oh não,

luar como esse do sertão..."

E dava aquele calor no coração...

"Tu não sabes como eu sou tão carinhoso..."

E se lançava aquele olhar malicioso...

Serestas, época que não volta mais,

e quanta saudade nos traz...

O romantismo pairava no ar,

era mais gostoso se amar...

A donzela pura e casta,

e o bravo pai a dizer : Basta...

Pegava-se na mão,

e era uma enorme emoção...

" Taí... eu fiz tudo pra você gostar de mim",

e com a janela aberta, amamo-nos, enfim...

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 01/10/2017
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