NOS BRAÇOS DA DOR E DA SAUDADE

Ainda não sabia de verdade,

Qual o tamanho real da dor.

Até o dia em que ele partiu e,

De repente, ela chegou.

Verdadeiramente, não conseguia

Imaginar o sofrer de um coração ferido.

Até a hora em que fiquei sabendo

Que, sem avisar, ele havia partido.

Mas como assim?

Apesar de saber que

Essa dor um dia doeria em mim,

Não era ainda chegado o dia, nem a hora...

Mas sem avisar, ele partiu! Que esteja em paz.

E agora eu sei, da dor, a dimensão.

E que ele não virá mais.

Quantas noites regadas a violão – e vinho?

Quantos momentos de amor – e de oração?

Quantos dias ternos – e de carinho?

Quantos outros de cobrança – e reflexão?

O processo é dolorido, doloroso – e lento.

Humano demais – e fraco, até penso ser maldade.

Mas o amor, o meu amor, é o meu BEM maior.

Assim, me embalo nos braços da dor – e da saudade.