LISBOA

Terra Mãe
Que me propõe ver
a vida, o amor e a poesia
com uma leveza por vezes
desconcertante e vadia
E que fazes de mim,
um iniciante de sua arte
ao sentir-me perto de ti

Lisboa,
Linda Lisboa
Que meu coração vermelho e verde
doa de saudade
Espero ver-te muitas vezes
Respirar tua atmosfera vinda do Tejo
soprando pelas ruas da tua cidade
Não a vejo, mas beijo tua face

Lisboa
Faceira
Me ponho a caminhar por tuas ladeiras
de todas as feiras
de todas as cores
licores e beiras
Que de tanto vistas
ainda parecem no entanto
de primeira
por susto ou espanto


Lisboa
Do alto de teus miradouros te expõe
com teus telhados avermelhados a cobrir-te
Cidade de tantas belezas
Como um caprichoso tapete
bordado
por delicadas mãos portuguesas

Lisboa
Mistérios à parte
para conhecer teus segredos
a Alfama nos chama para teus becos
nas tuas noites de fados e festas
Para que no delírio de teus poetas
reveles tua alma

Lisboa
Olhando teus azulejos
os vejo
como a fachada
da casa onde nasci
Distante daqui
e tão perto de ti,
Cantada pela voz de minha mãe
Que de ti, jamais me perdi
 
Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 07/09/2017
Reeditado em 07/09/2017
Código do texto: T6107338
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