Desalento
Não te esqueço, amor
e a vida anda tão vazia!
Nem olho mais as estrelas
tampouco solto os cabelos
apaguei dos lábios meu batom de feliz
deixei à mostra minha cicatriz
e me tranquei em noites eternas
O que fazer, se não te esqueço?
Se tenho menos do que mereço?
Apesar de mudar os caminhos
e cantar outras canções
permaneces em meus sonhos
habitam em mim tuas ilusões
Até tua voz está sumindo de mim
último navio a abandonar o destroçado cais
a lembrança de tuas mãos se desfaz em minha pele
em saudade, em desejo, em solidão...