Desalento

Não te esqueço, amor

e a vida anda tão vazia!

Nem olho mais as estrelas

tampouco solto os cabelos

apaguei dos lábios meu batom de feliz

deixei à mostra minha cicatriz

e me tranquei em noites eternas

O que fazer, se não te esqueço?

Se tenho menos do que mereço?

Apesar de mudar os caminhos

e cantar outras canções

permaneces em meus sonhos

habitam em mim tuas ilusões

Até tua voz está sumindo de mim

último navio a abandonar o destroçado cais

a lembrança de tuas mãos se desfaz em minha pele

em saudade, em desejo, em solidão...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 16/08/2007
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