FIO DA PRÓPRIA VIDA
Palavras murmuradas...
Em noite que se derrama lágrimas fúnebres
Escorrem nas rachaduras do solo do meu coração
Nas tentativas de umedecer as minhas esperas
Em busca de nascentes impenetráveis.
Mas a minha eternidade debate-se aprisionada,
Porque é em ti que tudo se principia
E se eterniza...
Assim... Tudo em mim sucumbe em efemeridade
Suspensa entre a saudade e a solidão
Reclino-me em resquícios de momentos felizes
Afundando-me nas confissões da voz dos meus olhares
Que te saúdam nos ecos da minha alma.
Sou pólen fervilhante de vida
Resido na sua linha tênue e flutuante
Desvencilho-me dos vazios das palavras que calei
Sonhando com um fio de esperança
Sem teu existir em mim...
Existe apenas uma última lágrima
Em um adeus sussurrado
Resta-me apenas um último fôlego
No fio da minha própria vida.
By Joelma Antunes