FIO DA PRÓPRIA VIDA

Palavras murmuradas...

Em noite que se derrama lágrimas fúnebres

Escorrem nas rachaduras do solo do meu coração

Nas tentativas de umedecer as minhas esperas

Em busca de nascentes impenetráveis.

Mas a minha eternidade debate-se aprisionada,

Porque é em ti que tudo se principia

E se eterniza...

Assim... Tudo em mim sucumbe em efemeridade

Suspensa entre a saudade e a solidão

Reclino-me em resquícios de momentos felizes

Afundando-me nas confissões da voz dos meus olhares

Que te saúdam nos ecos da minha alma.

Sou pólen fervilhante de vida

Resido na sua linha tênue e flutuante

Desvencilho-me dos vazios das palavras que calei

Sonhando com um fio de esperança

Sem teu existir em mim...

Existe apenas uma última lágrima

Em um adeus sussurrado

Resta-me apenas um último fôlego

No fio da minha própria vida.

By Joelma Antunes

Joelminha
Enviado por Joelminha em 28/08/2017
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