UMA HISTORIA VERDADEIRA (quarta parte)

Esta mulher muito lutou
Nunca descansou um só momento
A vida toda buscou
Sempre aprimoramento.

Em tudo que fazia colocava muito amor
Esquecia o que sofria
Vivendo com alegria
E da vida nunca reclamou.

Morreu aos 69 anos de idade
Deixando para seus filhos
Uma casa grande e bela
Construída com o suor dela
Polindo prata nas casas das madames,
Aos domingos saia de porta em porta
Oferecendo seus serviços
Levando marmitas para os colegas de trabalho.

Nunca mais se deu ao luxo
De um outro homem procurar
Pois não mais confiança tinha
O primeiro e único a desencantou
Deixando nela uma marca
De sofrimento, dor e agonia,
Pra que mais sofrimento buscar.

Esta mulher mereceu um premio
Que nesta vida não recebeu,
Mas tenho certeza que na gloria
Deus a recompensou
Pelo muito que sofreu

Hoje ela é lembrada com saudade
Pelos tantos que ajudou
Pois ela era chamada
A freirinha que ajudava
A todos com dedicação,
Sem cobrar nenhum tostão.

Ela foi uma mulher de verdade
Trazia consigo as marcas
De um coração que sangrava
De uma ferida cravada
Pelo punhal no coração.

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 16/08/2007
Reeditado em 16/08/2007
Código do texto: T609612