UMA HISTORIA VERDADEIRA (segunda parte)

Vivia pelos bares
Em companhias de mundanas
Quando voltava pra casa
Ia direto pra cama
Sem dar nenhuma explicação
E triste a deixava


A família foi crescendo
Em vez de dois eram quatro
E o sofrimento aumentando
Ela não mais suportando resolveu abandona-lo.

Seu inferno ficou pior
Para onde ela iria
Pediu asilo a irmã
Mas o cunhado não a queria

Disse que não abrigaria
Uma “puta” em seu lar
Bateu-lhe com a porta na cara
Mandando procurar outro lugar.

E assim esta pobre mulher
Que quis mudar seu destino
Se via desamparada
Com dois filhos em seus braços
Em completa agonia
Ao relento, com fome, e frio.

Foi procurar um trabalho
Ganhando sempre uns trocados
Tentando a vida mudar
Mas tudo saia ao contrario,
Pois não tinha onde morar.

O que fazer com os filhos
Precisavam de um lar
Foi em busca de um orfanato
Que os pudesse abrigar.

E assim com o coração partido
Por ter que se separar
De seus rebentos queridos
Que ainda bem pequeninos
Que precisavam ser amparados
No relento não podiam ficar.
ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 16/08/2007
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