NOSTALGIA

Chega o dia, falta alguém

A casa vazia, informa também.

Conta o fato, aqui verdadeiro

Seu fim chegou, foi-se um guerreiro.

Saudade deixou, na casa que cala

Silêncio tão triste, faltando a fala

Cadê a presença, antes sentida

Aqui a saudade, de sua partida.

Deixou lembranças, que marcam a alma

Deixou saudade, coração que não acalma.

Para um pouco, espera um tempo

Volta forte, trazendo sofrimento.

Qual porta olhando, o dia que vem

Espera os olhos, saudade que tem.

Perscruta o espaço, aguarda um sorriso

Encontra o vazio, silêncio conciso.

Espera à janela, cortina fechada

Silêncio tão triste, marca na fachada.

Caso pudesse, arrancar o alambrado

Traria o tempo, aqui quebrado.

Falta pedaço, na casa quebrada

Faz-se remendos, mas fica trincada.

De longe se vê, que ali se partiu

Alguém que amava, que um dia sumiu.

Sem contratempo, com os olhos vazios

Espera seguir, a vida como os fios.

Às vezes arrebenta, um nó se constrói

Parece a saudade, que na vida dói.

Nada de lamento, porque foi ou seria

A vida é passagem, hoje nostalgia.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 12/08/2017
Reeditado em 01/04/2018
Código do texto: T6081864
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.