Da poesia de razão e saudade
Para toda poesia há uma razão
A poesia de quem fica
A de quem partiu
Mas a que dignifica
É a que sai do coração...
Para toda poesia há uma razão
Que seja a dor, a súplica, o desencanto
Na fantasia vale tudo, pois que seja a de ilusão.
Para toda poesia há uma razão
Pode ser a mágoa, o desejo, a revolta, a devoção
Mas que seja poesia
Da palavra pura e de encanto.
Para toda poesia há um motivo, uma necessidade
Se for de finitude, de adeus, de sofrimento
A recompensa está no devir,
Depende do momento...
Quiçá, no encontro de quem busca
Numa esquina da saudade.
É com a palavra saudade que me despeço do querido amigo-poeta Guido Heleno Dutra, goiano, que escolheu a minha terra para dizer adeus. Gui, sempre que eu olhar a barra do Tramandaí, saberei que estarás comigo.