PARTIDA REPENTINA
PARTIDA REPENTINA
Inexorável a morte
Mesmo em vida
Quando nada mais importa
Escondida atrás da porta
A cabeça em estupor
Não suporta a dor
De partida repentina
E já lá vem a saudade
Muito doida e doída
É falta de alguém
Que nunca mais
Matará sua saudade
Que o acompanhará
Em vida morta
Pela ida do outro
Sem prévio aviso
Num suspiro repentino
Um desatino de coração
Que era só amor
E virou dor
De corpo inteiro
Da ponta dos pés
Ao ultimo fio de cabelo
Arrepiado pela falta
De beijos e abraços
Que dormem na eternidade
Sem volta sem revolta
Apenas circunspecção
Magoada e introspectiva
Que versos não apagam
Sequer amenizam