PARTIDA REPENTINA

PARTIDA REPENTINA

Inexorável a morte

Mesmo em vida

Quando nada mais importa

Escondida atrás da porta

A cabeça em estupor

Não suporta a dor

De partida repentina

E já lá vem a saudade

Muito doida e doída

É falta de alguém

Que nunca mais

Matará sua saudade

Que o acompanhará

Em vida morta

Pela ida do outro

Sem prévio aviso

Num suspiro repentino

Um desatino de coração

Que era só amor

E virou dor

De corpo inteiro

Da ponta dos pés

Ao ultimo fio de cabelo

Arrepiado pela falta

De beijos e abraços

Que dormem na eternidade

Sem volta sem revolta

Apenas circunspecção

Magoada e introspectiva

Que versos não apagam

Sequer amenizam

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/07/2017
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