Mil cartas de amor
Talvez eu te escrevesse mais umas mil cartas de amor,
delírios de vidas não vividas em cada palavra chorada,
sonhos desmoronando nas ondas de uma praia brava,
quando tudo o que eu queria era apenas um abraço teu...
Talvez eu tocasse uma música de melodias apaixonadas,
sentimentos derramados em estrofes em si menor,
espelhos de nós dois refletindo cem mil imagens,
quando tudo o que eu queria era apenas um beijo teu...
Quando a saudade nos arranca a respiração,
tudo o que tu vês parece quebrado,
e só te perguntas quem fostes, quem és e quem serás?
Talvez eu abrisse mão de minha imortalidade por ti,
arrancando minhas asas como pétalas de um bem querer,
deixando para trás as pegadas jamais vistas na areia,
quando tudo o que eu queria era apenas uma notícia tua...
Talvez eu encontrasse o caminho de teus sonhos,
tornando-os realidades escritas e experienciadas,
colorindo teu sorriso na aquarela de encantos,
quando tudo o que eu queria era apenas um olhar teu...
Quando a saudade nos arranca a respiração,
tudo o que tu vês parece quebrado,
e só te perguntas quem fostes, quem és e quem serás?