SILENCIOSAMENTE
É noite!
A distância de seu corpo perturba minha alma
E eu não consigo dormir
Vontade de sentir sua boca na minha,
De ouvir sua voz mentindo que me ama
Desejo que o dia se prolongue,
Que a noite não exista
E que meus olhos não se acendam mais
Os santos não escutam
São como você
Eu me iludo com sua chegada
E um tumulto no meu peito me tonteia
Lembro que prometi não sentir saudade
Rabisco poemas que gritam seu nome,
Rasgo papéis,
Berro seu nome silenciosamente
Indiferente aos meus apelos,
Você dorme ou faz amor a esta hora
Nem ao menos se lembra que um dia me amou
Na minha cama, sem voz, eu sonho sem dormir.