Dez a zero para a maldade
Pela noite eu caminhei,
Em busca de respostas,
A solidão veio comigo,
Juntamo-nos ao vento,
Ele estava cheio de amenidades,
Convidou-me para uma viagem.
Para o passado transportei-me,
E na estação saudade eu aportei,
Lá estavam minhas boas lembranças,
Sorrisos, abraços e a esperança,
Velhos amores, felicidade,
Era uma linda festa.
Convidei minha garota, fugimos,
Comemos pipoca na praça,
Depois, brincamos de pique pega,
Nossos corpos na relva, doces beijos,
Contemplamos a lua,
As estrelas nos saudaram, assim,
Inocentes, abraçados, permanecemos.
O mundo era só nosso,
A nossa volta nada importava,
Um mundo de sonhos,
Acreditávamos no eterno,
Mas a maldade nos espreitava,
E armou a sua cilada.
Ingenuamente caímos,
Intrigas, boatos, mentiras,
Dividimo-nos, veio a separação,
Dez a zero para a maldade,
A inocência, a pureza, o puro amor,
Agora são lembranças, agora são saudades.