Das lembranças...




Minhas lembranças,deveras,um dia,guardei,
Estranho desejo,que,ora me alenta,ora,angustia,
Da razão desta torpe dualidade , pois,não sei.
Perda de memórias d’infancia ,insana alegria?

Insensível, cego à beleza deste amar,assim,sentia,
Arrastava não doído coração,mas, pedra no peito,
Ah!Antevia tormentoso destino,se nada,fosse feito...
Que perdida lembrança,em minha alma,restaria?


Carecia,d’algum jeito,esforço ultimo,vão ato final,
Procurar o que,fundo,deixei ao sabor d’incerteza,
Ainda que gemesse minh’alma ,desengano fatal,
Rasgar o véu que oculta,cruel, o amor e a beleza...

Vou,então,ao encontro da ternura, o meu descanso!
Desconhecido,algo sombrio,no recôndito de meu Eu,
Perplexa ficou minh’alma num oceano suave,manso...
Deveras,rios desaguavam em mim,torrente em apogeu !

Ah! De minh’alma caudaloso mar ,riachinho,apenas...
Em cerne profundo ouvi de mavioso sentimento...
Fio d’esperança,de menino o canto à todo momento!
Hoje,trago em mim,esquecida lembrança neste poema...

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