Meus Dias Sem Ti
Que dias aborrecidos esses
Em que não estás aqui!
Tão compridos e mornos,
Tão iguais uns aos outros!
Dias que mais parecem um
Infinito e ininterrupto inverno,
Em que não há sol e o
Frio é perturbante e execrável!
Dias de onde emanam tédio e desgosto,
De tão longos e monótonos!
São dias mitificados de horror esses
Em que não estás aqui!
Tão verdadeiramente inverossímeis,
Tão repetitivos, tão admoestadores!
Dias em que me ponho a divagar,
Mas tudo quanto recordo parece
Estar perdido para sempre,
Que nunca mais recuperarei nada
E que eu próprio sou
Uma coisa amputada!
Em meus conciliábulos refletem
Coisas passadas, revejo com a
Imaginação cenas luminosas umas,
Opacas outras, que se permutam
Impáveis na minha mente!
Assim são meus dias sem ti!