Memórias

De cabeça erguida sigo o caminho

Sinto o sol bater em meu rosto

Sei que não estou totalmente sozinho

Sei que há ouro no final do horizonte

Há muitas pedras na estrada

E a maldade exala nas calçadas

Por onde vivi e cresci em paz

Não há mais nada

Tudo está em preto e branco

Eu não sei porque choro tanto

Em ver tudo aquilo que morreu

Dentro do meu peito

Desde os parques até as casas

As crianças,os cães e gatos alados

Expandem uma sinfonia dolorosa

Em meu peito

Mundo que muda a cada minuto

Centenas de emoções que vivi

Estão no puro obscuro

Quando olho para o passado

Percebo que corri demais

Deixei meu tempo precioso

Morrer lá atrás.