Noite de domingo
era noite de domingo
a lua cheia minguava
e o vinho doce amargava
prevendo um choro por vim
naquele dito domingo
tinha algo diferente
o olhar daquele gente
era frio e zombador
todo mundo que passava
olhando fazendo graça
e foi num banco de praça
que tudo se confirmou
era o fim daquele amor
o inicio de uma cachaça
uma revolta na praça
o medo da solidão
fez parar seu coração
por cinco segundos só
a saudade deu um nó
a lembrança fez parada
a barba ficou molhada
o olho raso ficou
era o fim daquele amor
separou pratos na mesa
e nem mesmo a natureza
colore o seco da dor
oque mais o revoltou
não foi ter perdido ela
mais assistido a novela
que aquele povo encenou
no primeiro bar que viu
recitou logo um poema
e a mesa ficou pequena
pra o tamanho do sofre
o coração por doer
era como um mar sem agua
e no peito tanta magua
dificil de descrever
e ninguem soube entender
quando ele se despediu
dos olhos saiu dois rio
da boca só o calar
como um vento a soprar
apenas pra fazer frio
Tony Aldair P. Silva