Saudade
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Saudade
Aperto de braços ausentes.
Calafrio do calor que suportamos.
Dor que se esgalha em ramos,
pelos poros desejosos, quentes.
Flerte do passado recente.
Desvario de intenções...
Que rememoro em ações
- Gestos que meus lábios sentem.
Dor que emana o toque.
Flor que sangra em pétalas.
Sentir que é dádiva e sorte
- Prazer negado aos déspotas.
A passada do tempo,
célere ou preguiçosa,
depende do alento
que tenho em teu seio.
O acariciar do vento,
em brisa divinal,
é o consolo do meu lamento
- Meu vinho e meu sal.
O sal da saudade.
O mal da maldade.
A cal da calmaria
A cal das calorias
que,
apenas em teus braços,
eu elimino demais!
Nijair Araújo Pinto
Crato, 29 de maio de 2017.
12h28min
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