dores no peito
de uma sexta-feira à noite
passei acordado pela
madrugada
sonhando com minha estadia
num hotel de boas lembranças
cultivadas, mas colhidas com a
amargura de uma mentira
para muitos descoberta.
vinhos manchavam o tapete
junto com cinzas e guimbas
de cigarros
para passar a dor. a cocaína
já acabou, ao contrário
da culpa que meus olhos
castanhos choraram por sua
liberdade.
me surpreendo por não terem
desbotado.
foram semanas de dedos na
garganta
para tirar aquele amor. foram
semanas enrolado nos cobertores
afim de parar de tremer.
o sol de Porto Alegre poderia me
acalmar, me aquecer,
diferente deste do Rio de Janeiro
que resolve me queimar em
cada esquina que eu passo
com cada rosto diferente me
encarando com as mesmas palavras
impressas.
ainda tenho sonhado com as
danças pelos lençóis.
ainda tenho sonhado com as
corridas pelo fogo.
ainda tenho sonhado com as
brincadeiras estranhas com as
garotas notívagas.
ainda tenho sonhado com as
caretas de risadas, e posso jurar
que também as ouço. mas são
palavras na queda de uma bomba
atômica. nada mais do que
sussurros fantasmagóricos
rolando pelo relógio quebrado.
aqui é a parte em que trago do
cigarro com aquele nome escrito,
acreditando que irei me despedir
do mesmo jeito que me faz a
fumaça.
de uma sexta-feira à noite
passei acordado pela
madrugada
sonhando com minha estadia
num hotel de boas lembranças
cultivadas, mas colhidas com a
amargura de uma mentira
para muitos descoberta.
vinhos manchavam o tapete
junto com cinzas e guimbas
de cigarros
para passar a dor. a cocaína
já acabou, ao contrário
da culpa que meus olhos
castanhos choraram por sua
liberdade.
me surpreendo por não terem
desbotado.
foram semanas de dedos na
garganta
para tirar aquele amor. foram
semanas enrolado nos cobertores
afim de parar de tremer.
o sol de Porto Alegre poderia me
acalmar, me aquecer,
diferente deste do Rio de Janeiro
que resolve me queimar em
cada esquina que eu passo
com cada rosto diferente me
encarando com as mesmas palavras
impressas.
ainda tenho sonhado com as
danças pelos lençóis.
ainda tenho sonhado com as
corridas pelo fogo.
ainda tenho sonhado com as
brincadeiras estranhas com as
garotas notívagas.
ainda tenho sonhado com as
caretas de risadas, e posso jurar
que também as ouço. mas são
palavras na queda de uma bomba
atômica. nada mais do que
sussurros fantasmagóricos
rolando pelo relógio quebrado.
aqui é a parte em que trago do
cigarro com aquele nome escrito,
acreditando que irei me despedir
do mesmo jeito que me faz a
fumaça.