OUTONAL
OUTONAL
Chora o prelúdio de outono
Na folha que cai, silente,
Ao ar frio, que é leve.
Dorme a rosa desmanchada
No tempo displicente
À sua morte, que é breve.
Choram as manhãs frias
E as tardes do outono,
Incendiadas no seu lume.
Telhado coberto de pomos
Doirados à hora tardia
E desfalecidos em perfume!
Ausência, o que demais existe
Nesse inevitável morrer do dia,
Na outonal paisagem banhada
– De luminosa beleza triste!…