Papeleiro

Era um menino com a voz tão doce

Ao coletar papéis ele sorria

Tinha uma alegria como se fosse

Um moleque com muita regalia

Era inteligente, bem humorado

O papeleiro que eu sempre via

Trazia n'alma seu maior legado

Moldado pela fé que lhe ungia

Falava de Jesus e de esperança

Do seu futuro com muita emoção

Nem parecia ser uma criança

Hoje, ele sente orgulho do passado

O menininho da casa de chão

Cresceu, estudou, se fez advogado

Olga Silveira
Enviado por Olga Silveira em 15/10/2005
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