Papeleiro
Era um menino com a voz tão doce
Ao coletar papéis ele sorria
Tinha uma alegria como se fosse
Um moleque com muita regalia
Era inteligente, bem humorado
O papeleiro que eu sempre via
Trazia n'alma seu maior legado
Moldado pela fé que lhe ungia
Falava de Jesus e de esperança
Do seu futuro com muita emoção
Nem parecia ser uma criança
Hoje, ele sente orgulho do passado
O menininho da casa de chão
Cresceu, estudou, se fez advogado