TEMPESTADE DE AREIA

Relembrando os tristes dias meus
quando partí, com uma caravana,
quando, não suportando seu adeus,
optei não ficar só, naquela cabana.
Uma mente confusa
que perdeu sua musa
todo instante reclama.
E das noites tão longas e tão infindas
com lembranças que nunca foram lindas,
nada mais restou de nossa bela choupana.
A mente tanto campeia
numa tempestade de areia,
onde a saudade  campana.

Relembra, chora tanto esse ex eremita
quando sentiu a inesperada separação,
momentos que a alma chora tanto e grita
quando sem piedade e atirada na solidão.
Não são mais bravos
sentimentos são escravos
aí, sofre um  coração.
Todo o forte corpo se torna um doente
perdido ante a doença que é a serpente,
teve que voltar ao passado,ser ermitão.
Na mente, só tempestades,
dominada pelas saudades,
mas não fico, caído no chão....
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/05/2017
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