SILÊNCIO
Vejo o dia que se anuncia
E me desafia a viver
Mais como pode alguém viver com um coração assim?
As vezes penso que a vida se esvaiu-se de mim
Que o contentamento exauriu-se por fim
Um inverso permanente instalou-se sem fim
Vejo as estrelas que me assediam em noites eternas
Meu travesseiro é testemunha ocular
Os pássaros da noite em fim
Sinto que o teto do meu quarto esmaga meu peito
A respiração sessa
Meus olhos buscam você
Quando fecho os olhos
E ando em desertos de oásis ausente
Uma introspeção involuntária me conduz pelas mãos
Meus braços pendem dos meus ombros para o infinito
Um grito contrito em minha garganta me cala
E no mais absoluto silêncio eu busco você