Estranho
É mesmo estranho não ter mais seus emails,
viver o silêncio das páginas em branco,
acordar no vazio da caixa postal esquecida,
olhando para um horizonte sem respostas...
É mesmo estranho não ter mais sua voz em meus ouvidos,
ver os dias passarem no cinza da ausência,
passear por ruas de concreto e solidão,
sabendo que as esperanças terminam no fim de cada dia...
É mesmo estranho não ter mais notícias sobre você,
me perguntar por onde estará a borboleta voadora,
sorrir para o vazio recordando nossas memórias,
buscando um sorriso de retorno em cada número do calendário...
É mesmo estranho não ter mais a sua luz iluminando meus passos,
tatear pelo escuro como um cego à procura do que não está mais lá,
sentir o vento assobiando sem me contar seus segredos,
torcendo para que o interruptor leve embora as trevas do abandono...