Lembranças da mocidade
Por que temos que ir embora
Se depois morremos de saudade
E ficamos lembrando de outrora
Da nossa áurea mocidade
Que durou pouco por apressarmos a hora
Na saudosa e tenra idade?
Ah! Meus amigos de infância
Como lembro das nossas travessuras
Percorríamos as matas e mergulhávamos com ânsia
Nos igarapés cheios de loucuras.
Planejávamos a vida na velha estancia
Com uma imaginação lá nas alturas.
O mundo e as obrigações nos engoliram
A família e a vila ficaram para traz
Alguns, como eu...partiram!
E agora meu semblante não sente paz
Os meus olhos ao passado remoto, miram
Quantas recordações boas minha imaginação refaz.