CADÊ  VOCÊ, MINHA VIDA?


Desde criança pequena fomos amigos, ou
Mais ainda, pois chegou o instante da
Declaração afetiva e o peito implodir de
Satisfação a celebração do ato de amar.

Quase se perde o juízo sem encontrar
Caminho certo enveredando em desvios,
Prejudicando o futuro sem minha vida
Cuidar, pois subiu para o andar superior.

Cada música doía mais fazendo o choro
Jorrava na calada da noite chegada de novo.
Haveria outrem para substituição? Não!
Ficava-se zanzando de mão em mão em sonho

Viagens em busca de tudo não bastava.
Certa noite num teatro, uma morena me
Chamou atenção pois parecia persona grata.
Não resta dúvida, pois dali fomos em lugar
Secreto começando nem se sabe o que...

Dizia-se quieta, tímida, pois quase não se
Escutava a sua voz baixinha como se não
Existisse em vida terrena, mas satisfazia
Meu sexo, desejo e carência, pois minha vida se foi.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 15/02/2017
Reeditado em 26/02/2017
Código do texto: T5913337
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