ONDE ANDA?
Sei que está por aí...
Ainda pouco te vi...
Quase num tempo a ruir.
Sei que não pode falar...
Está num tempo sem par...
Onde se vive sem lar.
Que pena que foi tão breve...
Estava com semblante leve...
Por trás de uma tênue neve.
Um olhar indagador...
Sem fala, sem dor...
Questionava um outro valor.
É o tempo que foi levado...
É um dia que foi passado...
Um fato declarado.
Onde anda é o questionamento...
Terrível e sem fundamento...
De uma mente que vive em lamento.
É saber que a resposta já existe...
Mesmo assim se insiste...
Com um pranto suave e triste.
Que bom que esteve aqui...
Trouxe um alegre sorrir...
E vai sempre existir.
Agora que foi embora...
Leva uma saudade de outrora...
Que existe no tempo de agora.
Assim anda alguém..
Que vive hoje no além...
Na lembrança de alguém.