ENCHENTE

Choveu tanto

que há água

por todo lado,

não sei se ando,

me jogo e nado

ou mesmo nada

me salvará

destas paredes;

te afogarás

nessa enchente?

Habitarás

nesta saudade?

À minha volta

não há margem

será que é lágrima?

Sou idiota

perdi teu endereço

não te conheço

foste miragem?

Vejo meu rosto

já inundado

não reconheço

de tão mudado

despeço e choro

os teus segredos

bem guardados

estão indo embora

neste dilúvio

que desemboca

onde é que mora

tua saudade?

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 10/02/2017
Reeditado em 10/02/2017
Código do texto: T5907962
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.