Insólita Viagem
Em sonho,
Habitar o passado
Na memória da cidade adormecida.
Andarilho experiente:
Arquear o corpo em sangue
E lançar o espírito em flecha
Contra o vento.
Verter a amargura da lágrima
Que lava o corpo em febre.
Reter na palidez das mãos vazias
O que é saudade.
E, rumo ao sol,
Enfeitar a negrura de teus cabelos
De girassóis colhidos pelo caminho.