Inútil Regresso
Dos mortos,
Visitar a cidade.
Em ritual profano,
Violar túmulos
E indagar das profundezas.
Em pranto,
Exumar o corpo em cinzas
Carreado pelo vento,
Condenado pelo tempo
A fazer do movimento
Tua fuga, teu tormento.
E do que em mim resta humano,
Minha arte e meu ofício:
Sepultar sonhos -
Lágrima vertida
Que sangra a fronte em pedra.