DOCES LEMBRANÇAS




“Vai longe o tempo
em que a noite era de prata,
violões em serenata
enchiam os céus de amor...
E a menina na janela
do balcão, se gostava
da canção, aplaudia o trovador!”

Aprendi com minha mãe,
quando ela cantarolava,
algumas dessas canções
que os seresteiros entoavam...
Eu achava tão bonito
ouvir minha mãe cantar,
que não ficou esquecido
e me faz bem recordar!

Ainda que com saudade,
já que Deus a convocou...
Com orgulho e vaidade
retribuo o seu amor,
do jeito que era tão dela,
eu me ponho a recordar,
solfejando como era,
seu jeitinho de cantar.

Com minha mãe aprendi,
até a assoviar,
canções que ela conhecia
e vivo a cantarolar...
Assim, vou levando a vida
do jeito que ela levou,
cantarolando na lida,
como ela me ensinou.