Como esquecer você?
Você tem meus olhos
Tem o meu olhar.
Como esquecer você?
Você tem meu infinito
Você guardou meus
melhores anos
O sorriso de juventude,
as saias longas e
as sandálias de andarilha
Procurei copiosamente
esquecer,
arquivar,
desintegrar.
Mas a presença era espessa.
Sombras.
Nódoas.
Ranços.
Tatuagem de vento
Marcas invisíveis
Símbolos e enigma.
A palavra e o silêncio
em simbiose perfeita
Faziam rir-me
de toda a distância
De toda amnésia.
Da falta de sentido
dolorido
e inepto.
Cancelei o sofrimento.
Apaguei todas as reticências.
Procurei em vão
Um bilhete.
Uma despedida.
Uma pista
A me indicar
razões ou desrazões.
As discrepâncias
Estavam impressas
no monograma
que você esqueceu.
Primeira letra.
Primeira ignorância.
Primeira hipótese.
Nunca chegarei ao fim
da dialética.
Atravessou-se um diâmetro inteiro.
E um raio de Iansã
Num risco vermelho
fez-me entender a tempestade.
Fez-me sorver as gotas
de lágrimas e chuvas.
Os atabaques ao longe
abrigavam o ritmo
de gemidos e tristezas.
Esqueci.
Perdoei.
Abortei.
A vida de sentir e interagir.
Sou expectadora
do ensaio de emoções
apagadas.
Não sobrou nada.
Nem ternura.
Nem lembrança.
Nem o antídoto para a mágoa.
Todas as perguntas
foram respondidas pela
indiferença.
Você tem meus olhos
Tem o meu olhar.
Como esquecer você?
Você tem meu infinito
Você guardou meus
melhores anos
O sorriso de juventude,
as saias longas e
as sandálias de andarilha
Procurei copiosamente
esquecer,
arquivar,
desintegrar.
Mas a presença era espessa.
Sombras.
Nódoas.
Ranços.
Tatuagem de vento
Marcas invisíveis
Símbolos e enigma.
A palavra e o silêncio
em simbiose perfeita
Faziam rir-me
de toda a distância
De toda amnésia.
Da falta de sentido
dolorido
e inepto.
Cancelei o sofrimento.
Apaguei todas as reticências.
Procurei em vão
Um bilhete.
Uma despedida.
Uma pista
A me indicar
razões ou desrazões.
As discrepâncias
Estavam impressas
no monograma
que você esqueceu.
Primeira letra.
Primeira ignorância.
Primeira hipótese.
Nunca chegarei ao fim
da dialética.
Atravessou-se um diâmetro inteiro.
E um raio de Iansã
Num risco vermelho
fez-me entender a tempestade.
Fez-me sorver as gotas
de lágrimas e chuvas.
Os atabaques ao longe
abrigavam o ritmo
de gemidos e tristezas.
Esqueci.
Perdoei.
Abortei.
A vida de sentir e interagir.
Sou expectadora
do ensaio de emoções
apagadas.
Não sobrou nada.
Nem ternura.
Nem lembrança.
Nem o antídoto para a mágoa.
Todas as perguntas
foram respondidas pela
indiferença.