DE PENA EM VERSO
De pena em verso, o inverso... é pena! Sem tema, te vejo longe, e soa aonde, assim, tão serena. A cena, recordo enfim que de mim a essência drena e o ar que oxigena acena, sem graça longe e estilhaça, corrói, gangrena.
De pena em verso, o inverso. É pena! Centena de vez amor, hoje dor que se armazena. Amena a indiferença faz densa , ufana safena. Ordena de volta a vida, amiga paixão tão plena! Imploro o que choro a ti pela milésima dezena que olhe um tiquinho pra aqui, pra essa alma ora tão pequena.
De pena em verso? O inverso é pena. Lembrança dança na cama, profana e obscena. O coração fora paraíso fendeu o riso como na arena. Condena sem me olhar, rejeitar que envenena. Contracena tanta saudade, acuidade se desordena. Encena sorriso franco e em branco compõe poema.