Meditativa
"O canto que saía do meu seio era como o da patativa ao pôr-do-sol,
quando se recolhe em seu ninho de paina macia"
(José de Alencar, UBIRAJARA)
Ontem, em noite de insônia,
Na areia da praia nua,
Sozinha, olhava a lua
E ficava horas perdidas…!
Também olhava as estrelas
E—tonta!—co'elas falava;
Baixinho, eu as chamava,
Pra falar dos meus queixumes!
Queixumes que solto ao vento,
"Soluços de patativa",
Quando a saudade aviva,
Sempre que penso no vate!