Desisto!

Eu não vou mais escrever poesias,

Cansei disso,

Venho no rascunho,

Tomo o instrumento,

E minha inspiração se esvai como uma gota na correnteza.

Eu não quero mais,

Toda vez que penso estar preparado,

Minha mente me manda,

E trava,

E desiste,

E chora,

Embora,

Pensando nesse saudoso prazer,

De pensar e escrever,

Talvez na pureza da minha angústia,

Meu poema-verdade tenha se tornado mais poesia,

E menos música,

Mais verossímil,

E menos planejado,

Porque planejar é bom,

Mas deixe sua alma escrever,

Para ver,

Se o seu eu ainda vai ser!