Saudadeando.
O pijama não havia tirado,
Nem os cabelos ela tinha penteado.
Abriu a janela para aproveitar a luz do dia,
Foi presenteada com uma brisa fria,
Era a saudade que a seguia no dia a dia.
Tentou estudar,
Mas sem foco,
Veio a fracassar.
A cabeça não fazia questão de estar ali,
Nem mil poesias escrevia pra ti.
Tentou uma música cantar,
Mas essa veio ao peito desgraçar.
E que fazer para a saudade passar?
Nada de chorar,
Desejo que tens é de beijar.
O verbo conjugado era saudade,
Não foi nem pela metade.
Desistiu,
Os olhos fechou e o peito se inchou.
Menina linda.
Do sorriso doce.
E do cheiro macio.
O celular vem com uma notificação,
Despertou logo a emoção.
Como era bom,
Ela tinha era um dom.
Que hora lenta.
Fica quase desatenta.
Passa logo, vai.
Nostalgia a vivia,
E aquele sabor,
Quanto tempo demoraria para provar novamente?
Mesmo que fosse no meio de gente.
Saudade.
Tempo.
Saudade.
O teto branco já estava se acostumando,
O guarda roupa branco bem sabia.
As faixas brancas se via todo dia,
E o colorido quase fugia.
Alegria.
Ao raiar o dia.
E ao findar-se o dia.
O amor rima com dor,
Distância faz questão de fazer isso combinar.
Da distância quer distância,
Mas sem distância não há essa ânsia de te ver.
Ô, bem querer,
Quer contigo viver.
E não largar mais de você.
O toque logo vai chegar,
Mas cadê a paciência de esperar?
O estômago não aguenta mais se agitar,
Borboletas, borboletas, sem parar.
E as canções?
Dentre elas mil razões.
Todas possuem um jeito singular pra você.
Lhe daria mil flores,
Apagaria suas dores,
Te enrolaria nos cobertores,
Deixaria fazer barulhos ensurdecedores.
Amor demais.
Só a garota que satisfaz.
Sempre tem mais.
E mais.
Demais.
De você.