Crepúsculo
E eram seus olhos de tal calmaria
Como manhãs de sol,iluminados
Não imaginei que ao navegá-los
Em que profundezas me abandonaria!
Soubesse num instante primeiro
Que era um refúgio insonte
Pousaria num leve e derradeiro
Ficar,na prisão desse horizonte!
E não mais voltaria
Dessa mansidão que me acolhia
No mormaço plácido que me adormecia...
Habitaria então nessa quietude onde jaz
A serenidade da grata luz de beleza costumaz
Na réstia única a acarinhar
O doce encontro do crepúsculo do seu olhar!