Quando a nova poesia nascer

Quando você ler esse

poema

E sentir a poesia adentrar-lhe

as suas veias,

aos seus orifícios,

por dentro dos olhos,

Ouvidos e pêlos

E espreitar sua alma

Na delicadeza escondida

Recôndita num canto qualquer

De sua existência

O céu não será mais

Apenas o céu

E o mar, aquela imensidão salgada

do mar e seu

Encontro com a areia

Não serão mais apenas o mar e areia

A manhã não será mais um nascer do

sol

E as estrelas pequenas e distantes

Dirão a você a razão de viver...

Quando você injetar a poesia por entre os

tecidos da alma

E trajá-la em gala, rota

Ou diária

Você descobrirá novo e

sagrado sentido das coisas

Vivas, mortas, moribundas

Ou que ainda estão por vir.

Quando você acabar de ler

Esse verso

Você não será mais o mesmo

O tempo não será mais o mesmo

O espaço é outro

Tudo mudou instantaneamente,

Misteriosamente

O que era belo

Se tornará pleno

O que era sincero

Se tornará apenas natural

E você será a nova poesia

Da razão de ser.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 27/07/2007
Reeditado em 27/07/2007
Código do texto: T582206
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