CORPO E ALMA

Dias assim,

Que do corpo meu,

Quase furtivo,

Arrebatam alma minha.

E cá fico, despido,

Conjurando sozinho,

Esquecido,

... quase perdido.

E lá no alta a fito,

Numa nuvem que passa,

Onde,

Com toda sua graça,

Outras,

Iguais,

Maravilhosamente com elas vai,

E se enlaça.

Ciúme, então, que me abarca.

Doentio, descomedido,

Sinto na carne,

Seu amante, seu abrigo,

Um grande vazio,

Onde brota a dor de uma saudade,

Rogando-lhe retorno à casa,

que lhe chora, o agora,

Quota de toda uma eternidade,

Na louca espera da sua outra metade.

luis roberto moreno
Enviado por luis roberto moreno em 26/07/2007
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