CORPO E ALMA
Dias assim,
Que do corpo meu,
Quase furtivo,
Arrebatam alma minha.
E cá fico, despido,
Conjurando sozinho,
Esquecido,
... quase perdido.
E lá no alta a fito,
Numa nuvem que passa,
Onde,
Com toda sua graça,
Outras,
Iguais,
Maravilhosamente com elas vai,
E se enlaça.
Ciúme, então, que me abarca.
Doentio, descomedido,
Sinto na carne,
Seu amante, seu abrigo,
Um grande vazio,
Onde brota a dor de uma saudade,
Rogando-lhe retorno à casa,
que lhe chora, o agora,
Quota de toda uma eternidade,
Na louca espera da sua outra metade.